O Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (11), a nova
campanha de incentivo à doação de sangue, que neste ano, ressalta o
crescimento de diversas áreas da saúde pública, como transplantes,
cirurgias e atendimentos de urgências e o importante papel do sangue
doado na garantia desse processo. Com apoio dos Estados e Municípios,
por meio da Hemorrede Pública Nacional, a meta é aumentar continuamente a
quantidade de doadores de sangue no país e também comemorar o Dia
Mundial do Doador de Sangue.
O Ministério da Saúde decidiu manter o slogan utilizado na campanha
anterior ‘Seja para quem for, seja doador’, devido à necessidade de
reforçar junto à população que não é preciso conhecer ou ser próximo de
alguém para se sensibilizar com a causa e doar sangue. A campanha passa a
ser veiculada - a partir de hoje - em rádio, TV, internet e mídia
impressa. Além disso, os 32 hemocentros coordenadores e 368 regionais,
mais de 1.400 agências transfusionais, além dos núcleos de hemoterapia
vão receber o material explicativo (folders).
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro doar sangue é um ato de
solidariedade, que salva vidas. “Todos sabem da necessidade e da
importância deste ato. É preciso criar o habito de doar. Este é um ato
seguro”, afirmou. O ministro acrescentou que o Ministério conseguiu
expandir as idades mínima e máxima dos doadores o que possibilitou a
abertura para 8,7 milhões novos voluntários.
Atualmente, são coletadas no país, cerca de 3,6 milhões de
bolsas/ano, o que corresponde ao índice de 1,8% da população doando
sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros da Organização
Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha para aumentar
este índice. Em 2012, o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima de 18
para 16 anos (com autorização do responsável). Com a expansão das
idades mínima e máxima dos doadores, houve a abertura para 8,7 milhões
novos voluntários.
Durante o período da Copa do Mundo, os hemocentros estarão disponíveis para prestar o atendimento regular aos doadores.
O Ministério da Saúde vem investindo na rede de sangue em
hemoderivados. Os investimentos chegaram a R$ 1,1 bilhão. Os recursos
foram aplicados no custeio do serviço (R$ 500,6 milhões), na qualidade
da coleta e na modernização das unidades (R$ 610,4 milhões), inclusive
com a implantação de tecnologias mais seguras. A ampliação e a renovação
do parque tecnológico dos hemocentros incluem itens como a aquisição de
centrífugas refrigeradas e reforço de equipamentos de laboratório.
ESTRATÉGIA - A campanha deste ano conta com a
participação de pessoas envolvidas em casos reais. A Priscila Takamura,
que tem doença falciforme e necessitou de transfusão de sangue com
frequência, e Alex Carvalho, que passou por uma cirurgia e precisou de
transfusão de sangue. Entre 2003 e 2013, houve aumento de 84% no número
de transplantes, saindo de 12.722 para 23.457, 619% em cirurgias,
passando de 12,3 milhões para 88,9 milhões, e 627% em atendimentos de
urgência, saltando de 898,2 milhões para 9,1 bilhões de procedimentos.
Priscila e Alex estão presentes nos materiais de divulgação, que incluem
peças como vídeo publicitário, spot de rádio, cartazes e folders e
peças de internet.
Nas redes sociais, a mobilização será feita pelo aplicativo de Doação de Sangue do Ministério da Saúde - http://goo.gl/TOX9gL. A página que conta com novos serviços permite que o visitante veja informações, dicas e locais de doação.
SEGURANÇA – No final de 2013, o Ministério da Saúde
publicou portaria que tornou obrigatória a realização do Teste NAT
(Teste de Ácido Nucleico) em todas as bolsas de sangue coletadas no
país. A qualidade da rede de sangue brasileira já é reconhecida
internacionalmente. A implantação deste teste, adicionado aos já
existentes (sorológico e triagem clínica de doadores de sangue)
complementam o controle do sangue doado. A totalidade do sangue coletado
na rede pública já é testada pelo NAT.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta, desde a década de 90, os
testes para detecção dos vírus das hepatites B e C, HIV, HTLV I/II,
Doença de Chagas, Sífilis e Malária (na Região Norte). O exame reduz a
chamada “janela imunológica” para a identificação mais rápida destes
vírus.
Desde 2011, o NAT passou a ser implantado por meio do desenvolvimento
gradativo de tecnologia nacional, sem importação de produtos e com
rigorosos processos que garantem a qualidade do sangue. O Teste NAT
brasileiro é produzido pelo laboratório público Bio-Manguinhos, da
Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A Fiocruz desenvolve tecnologia para
detecção da hepatite B no teste NAT com previsão de uso a partir do
segundo semestre de 2014.
PERFIL– No Brasil, a remuneração da doação de sangue
é proibida. Do total de pessoas que procuram os hemocentros, 64,8% são
doadores do sexo masculino e 35,1% são do sexo feminino. A faixa etária
que mais realiza doações vai de 18 a 29 anos (41,3%). As demais faixas,
acima dos 29 anos, respondem por 58,6% das doações.
SERVIÇO
Quem pode doar: pessoas com peso - de no mínimo - 50
quilos; ter entre 18 e 69 anos. Também podem ser aceitos candidatos à
doação de sangue com idade entre 16 e 17 anos, com o consentimento
formal do responsável legal.
Quem não pode doar: quem teve diagnóstico de
hepatite após os 11 anos de idade; mulheres grávidas ou amamentando;
pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como
aids, hepatite, sífilis e doença de chagas; usuários de drogas; aqueles
que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual,
sem uso de preservativos.
Fonte: Ministério da Saúde
Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/13355-ministerio-da-saude-lanca-nova-campanha-de-doacao-de-sangue
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