Ministério da Saúde apresentou os impactos do programa na
assistência à população em seminário com gestores da região do Grande
ABC. Em menos de um ano, a iniciativa ampliou em 2.187 o número de
médicos no estado de São Paulo, beneficiando 7,5 milhões de pessoas.
Em menos de um ano, o Programa Mais Médicos já impacta na assistência
à população dos municípios do Grande ABC. Levantamento feito pelo
Ministério da Saúde nas cidades da região que participam do programa
aponta significativo aumento no número de atendimentos a gestantes. Em
janeiro de 2014, foram contabilizados 6.857 atendimentos de pré-natal na
região, contra 4.672 no mesmo período do ano anterior, quando a
população ainda não contava com o reforço dos profissionais do Mais
Médicos.
Por meio do Programa, o estado de São Paulo ampliou em 2.187 o número
de médicos atuando na atenção básica de 345 municípios. O Ministério da
Saúde atendeu 100% da demanda por médicos apontada pelos municípios e
superou a meta inicialmente estabelecida. Atualmente, o Mais Médicos
garante assistência médica nas unidades básicas de saúde para mais de
7,5 milhões de paulistas.
Os impactos do Programa na região foram apresentados pelo Ministro da
Saúde, Arthur Chioro, nesta terça-feira (24), em São Bernardo do Campo,
durante o Seminário Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros.
O evento reuniu prefeitos e secretários de saúde dos municípios da
região, que, juntos, contam com 145 médicos do programa. “Esses
resultados comprovam que investir na atenção básica traz impactos
expressivos do ponto de vista da qualidade do atendimento, da melhoria
dos indicadores e, principalmente para a satisfação dos usuários do
sistema público de saúde”, disse Chioro. “A partir do Mais Médicos
também podemos perceber mudança significativa no jeito de cuidar, de
acompanhar e de estabelecer condições de monitoramento, de vínculo e de
responsabilidade da equipe médica com o usuário e do usuário com sua
própria saúde”, completou o ministro.
Esse é um dos vários seminários que estão sendo realizados pelo
governo federal em todo país para debater com gestores públicos os
primeiros impactos do Mais Médicos na assistência da população que vive
nas cidades beneficiadas pela iniciativa. Levantamento feito pelo
Ministério da Saúde em mais de dois mil municípios que contam com pelo
menos um médico do Programa serve de base para essa discussão. São dados
dos sistemas de acompanhamento da atenção básica (Siab e eSUS),
alimentados pelas secretarias de saúde de todo o país.
Durante o evento, o ministro da Saúde anunciou aumento de R$ 24
milhões no valor anual do Teto de Média e Alta Complexidade de quatro
municípios que compõem o Grande ABC – Diadema, Mauá, São Bernardo do
Campo e Santo André. Ele explicou que os novos recursos serão
disponibilizados a partir do mês de julho e deverão ser utilizados nos
serviços de cirurgias eletivas, na Rede de Urgência, em laboratórios de
próteses dentárias e em unidades de acolhimento infanto-juvenil.
MAIS ASSISTÊNCIA – Além de aumentar o número de
acompanhamento pré-natal na região do Grande ABC, o Mais Médicos também
promoveu o aumento do número total de consultas de demanda imediata em
22,9% – passou de 11.847 consultas em janeiro de 2013 para 14.856 em
janeiro deste ano, na quantidade de atendimentos de diabetes em 2,5% (de
8.679 para 8.893) e em 2,2% nos atendimentos a hipertensos (4.748 para
5.090).
No estado de São Paulo, além do crescimento de 3,7% no número de
consultas, observou-se aumento de 15,1%, na quantidade de atendimentos
em saúde mental (passaram de 16.737 para 19.262, no mesmo período), de
12,9% no atendimento a pacientes com diabetes (71.116 para 80.305) e
5,7% nos agendamentos de consultas (304.094 para 321.346). Também foi
registrada redução de 70% na quantidade de encaminhamentos para
hospitais, que passou de 1.893 encaminhamentos em janeiro de 2013, para
apenas 568 em janeiro deste ano.
Em todo o país, o número geral de consultas realizadas na atenção
básica cresceu quase 35% no mesmo período – foram 5.972.908 em janeiro
de 2014 contra 4.428.112 em janeiro de 2013. Entre esses atendimentos,
teve destaque o de pessoas com diabetes, que aumentou cerca de 45% -
passou de 587.535, em janeiro de 2013, para 849.751 em janeiro de 2014.
Os atendimentos de pacientes com hipertensão arterial aumentaram em 5%
no mesmo período, e as consultas de pré-natal, em 11%. O encaminhamento a
hospitais diminuiu em 20%, passando de 20.170 para 15.969.
O governo federal já superou a meta de levar médicos para os
municípios de todo o país que aderiram ao Programa Mais Médicos.
Atualmente mais de 14 mil profissionais atuam em cerca de 4 mil cidades.
A maioria (75%) dos médicos está em regiões de grande vulnerabilidade
social, como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros,
municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população
quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade.
MAIS MÉDICOS – Lançado em julho de 2013 pela
presidenta Dilma Rousseff, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo
pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de
aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número
de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em
infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.
Os profissionais do programa cursam especialização em atenção básica,
com acompanhamento de tutores e supervisores. Para participar da
iniciativa, eles recebem bolsa formação de R$ 10,4 mil por mês e ajuda
de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, os municípios
ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos
participantes.
Além da ampliação imediata da assistência em atenção básica, o Mais
Médicos prevê ações estruturantes voltadas à expansão e descentralização
da formação médica no Brasil. Até 2018, serão criadas 11,4 mil novas
vagas de graduação em medicina e mais de 12 mil novas vagas de
residência médica.
Fonte: Portal da saúde
Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/13530-pre-natal-tem-crescimento-de-46-8-no-grande-abc
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